Gostava de voltar a falar contigo. Sim é isso mesmo, leste bem, contigo.
Adorava poder voltar a sentar-me num canto qualquer e apenas contar-te tudo o que se tem passado por aqui desde que partiste. Queria que soubesses que toda a gente sente a tua falta, que todos os dias o bocado de ti que deixaste cá em baixo passados três anos ainda nos acompanha.
Esse bocado mantem-se fiel às pessoas que amas tal como tu sempre foste enquanto o teu corpo ainda nos fazia companhia.
Agora acredito que só a tua "alma" esteja do nosso lado. O teu "espírito" de nunca desistir, de trabalhar, de querer ser alguém e leal aos teus, como muito boa gente gostava de ser.
Não eras, de todo, perfeito, mas aí está o paradoxo, com essas tuas imperfeições, aos olhos de quem realmente te conhecia, eras perfeito, mesmo nem sempre estando em sintonia com o que te rodeava.
Deixas-te para trás pessoas que te amavam e ainda amam com toda a sua alma, todo o seu coração.
A dor foi esmagadora e de um modo ou de outro ainda continua a ser. Mas o dia-a-dia atenua as feridas que um dia se abriram e começam a sarar, devagar devagarinho.
Em parte, era isto que gostava de te dizer. Já não estou zangada com o mundo por te ter levado de nós, ou por teres ido sem sequer dares um sinal. Aceitei que as pessoas vêm e vão, e essa foi uma lição que a muito custo me ensinaste.
Custou, mas vai passando, um passinho de cada vez.
Dói irmão, e eu nunca vou esquecer o que foste, o que és e o que um dia poderias ter sido.
Amo-te, até um dia meu querido.
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